O objetivo é orientar os pacientes e esclarecer a população sobre o diagnóstico precoce e tratamento da doença que atinge cerca de 200 mil brasileiros
Neste sábado, dia 13 de abril de 2024, será realizado o Dia D de Conscientização sobre a Doença de Parkinson – parte da Campanha Tulipa Vermelha. Este evento, que acontecerá no Parque Bernardo Élis (Macambira), em Goiânia, é organizado pela Associação Parkinson Goiás e busca não apenas sensibilizar a população sobre o Parkinson, mas também oferecer informações essenciais sobre o diagnóstico precoce e tratamentos disponíveis.
Um dos tratamentos, indicados quando o paciente não apresenta resposta satisfatória à terapia com medicamentos, é a Estimulação Cerebral Profunda (ECP), uma cirurgia que implanta eletrodos no cérebro. Esses eletrodos são conectados a um dispositivo que emite impulsos elétricos para controlar sintomas da doença, como os tremores, lentidão dos movimentos e rigidez muscular.
A Doença de Parkinson é uma condição neurológica complexa, caracterizada por sintomas como tremor em repouso, tremor nas extremidades, rigidez muscular, instabilidade postural e lentidão nos movimentos. Além desses sintomas motores, há também sintomas, como diminuição do olfato, distúrbios do sono, alterações intestinais e quadros de depressão.
Incidência
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos é afetada pela doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas vivam com Parkinson.
Um dos principais objetivos da campanha Tulipa Vermelha é orientar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. Embora não exista um teste específico para identificar o Parkinson, quanto mais precoce for o diagnóstico e início do tratamento, melhores são as chances de sucesso e de preservação da qualidade de vida do paciente.
Jovens
A neurocirurgiã Ana Maria Moura (foto), palestrante do evento deste sábado, destaca que o Parkinson não afeta apenas idosos, mas também pode ocorrer em jovens, sendo que 20% dos diagnósticos da doença são em pessoas entre 21 e 40 anos. Embora não haja cura para o Parkinson, os avanços científicos oferecem uma variedade de tratamentos, incluindo intervenções cirúrgicas, que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Durante o evento, além da palestra da Ana Maria Moura, serão oferecidas atividades físicas, atendimento em enfermagem, nutrição, psicologia e estética, proporcionando um ambiente propício para a troca de informações e apoio mútuo entre os participantes.