O atual presidente disputa com Julvan Lacerda, ex-presidente da Associação
Mineira de Municípios (AMM), que possui 44% das intenções de voto
Pesquisa realizada pelo Instituto Podium acendeu um alerta no QG de campanha do
atual presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski,
candidato à reeleição pela Chapa 1 CNM Independente. Isso porque o índice de
rejeição do mesmo foi de 52,2% dos 460 entrevistados, de um universo de quase 5
mil prefeitos e presidentes de associações e federações municipalistas aptos a
votar, quando perguntados “Em que não vota de forma alguma”. A pesquisa foi
realizada nos dias 23 e 24 de fevereiro, com margem de erro de quatro pontos
percentuais para mais ou menos.
A eleição para a nova diretoria da Confederação Nacional de
Municípios (CNM) acontece na próxima sexta-feira, dia 1º de março, por meio de
voto virtual, e tem como candidato de oposição, Julvan Lacerda, da Chapa 2 CNM Com
Renovação, que aparece com apenas 17,4% de rejeição. Por outro lado, o
ex-presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) figura com 44,1% dos
votos contra 32,2% do atual presidente. O índice de indecisos ou não sabem
opinar soma 23,7%.
Nos bastidores, a informação é de que boa parte da Chapa 1 quer substituir o
atual presidente, que acumula desgastes após 27 anos seguindo frente à
instituição, e que o nome mais cotado para substituir Paulo Ziulkoski seria de
Nélio Aguiar, presidente da Federação dos Municípios do Pará. Dia 28 é o último
dia para substituição de nomes das chapas que concorrem à Diretoria da CNM, por
isso a urgente em reavaliar o nome que poderia encabeçar o projeto de
continuidade na entidade.
Segundo uma fonte ouvida pela
reportagem essa rejeição já era prevista no caso de uma disputa pelo comando da
instituição, tendo em vista que Paulo Ziulkoski já está há quase três décadas presidindo
a CNM e nos últimos anos não tem aberto diálogo aos prefeitos, adotando uma
postura centralizadora. Soma-se a isso o fato de não ocupar cargo de prefeito
desde 2004, fazendo da presidência da CNM quase uma profissional, sem direito a
alternância de poder. “O Paulo vem mudando o estatuto da CNM há anos sempre
semanas antes do lançamento de edital de convocação, e como ninguém questionava
ele foi se mantendo no poder, e agora os prefeitos não querem mais aceitar esse
cargo vitalício que ele quer implementar na entidade”, relata.
Julvan Lacerda já teria como
vantagens o fato de ter sido prefeito de Moema (MG) e presidente da Associação
Mineira de Municípios (AMM) por dois mandatos até 2022, é o atual
vice-presidente da entidade e membro do Conselho Diretor Deliberativo da Santa
Casa de Misericórdia Belo Horizonte, acumulando experiência em gestão. “Não há
renovação na CNM há quase três décadas e uma pessoa para trazer novidade,
inovação e principalmente diálogo, os municípios só têm a ganhar”.