Brasil teme escalada do conflito e envia tropas à fronteira enquanto Lula pede bom senso e defende solução pacífica entre os países
A região de Essequibo, que corresponde a aproximadamente 75% do território da Guiana, tornou-se motivo de discórdia entre os países vizinhos. Neste domingo (3), a Venezuela realizou um referendo questionando sua população se deveria reivindicar a área, atualmente controlada pelos guianenses.
O governo venezuelano de Nicolás Maduro defende que a fronteira entre os países deveria ser o Rio Essequibo, alegando que o limite atual foi definido de forma fraudulenta em um laudo arbitral de 1899. Já a Guiana sustenta a validade desse documento e do controle da região contestada, rica em petróleo e minérios.
Diante da escalada da tensão entre os vizinhos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu "bom senso" dos governantes durante visita ao Oriente Médio neste domingo. "O que a América do Sul não está precisando agora é de confusão", afirmou.
Lula defendeu que a controvérsia seja resolvida por meios diplomáticos, conforme previsto em um acordo de 1966 entre Venezuela e Reino Unido, então potência colonial da Guiana. "Vale mais a pena uma conversa do que uma guerra", disse o presidente brasileiro.
O Brasil acompanha com preocupação o conflito nas fronteiras e enviou reforços militares para a região. Resta saber se o apelo por pacificação de Lula será ouvido pelos vizinhos e se prevalecerá a disposição ao diálogo.
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