Por determinação do TRT-10, ônibus devem voltar a circular no DF | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília |
População do DF afetada pela paralisação permanente dos ônibus
Mesmo com a determinação judicial de retomada do serviço de ônibus no Distrito Federal, a paralisação dos rodoviários persiste, causando transtornos para a população.
O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) acolheu o pedido da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) no domingo, suspendendo o movimento grevista dos rodoviários de transporte público coletivo. A decisão foi motivada pela classificação da greve como abusiva, com a imposição de uma multa de R$ 10 mil por hora de paralisação. A mobilização havia sido agendada para iniciar às 0h desta segunda-feira (6).
A Procuradoria-Geral do Distrito Federal tomou medidas legais após a decisão dos rodoviários de entrar em greve, apesar de haver negociações em andamento entre as operadoras e o Sindicato dos Rodoviários do DF. No entanto, uma assembleia da categoria rejeitou a proposta das empresas, o que levou à greve.
O TRT-10 também considerou a greve abusiva por não terem informado a população sobre a paralisação e não terem especificado os percentuais mínimos de serviços a serem mantidos durante a greve, como exigido por lei.
Apesar da decisão judicial, a paralisação permaneceu nesta segunda-feira, deixando os passageiros do DF e Entorno sem opções de transporte público. A decisão determinava que 100% das frotas de ônibus circulassem nos horários de pico, entre 6h e 8h30, e das 17h às 19h30, mas as ruas permaneceram vazias de ônibus durante a manhã.
O Sindicato dos Rodoviários reivindica melhorias trabalhistas, incluindo a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho e um reajuste salarial acima da inflação. As empresas alegam que, sem o apoio do governo local, não podem oferecer melhorias salariais significativas.
Uma reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho estava agendada para a tarde desta segunda-feira, onde as partes buscariam resolver as questões em disputa.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) considerou a greve abusiva, uma vez que havia sido alcançado um acordo entre as operadoras e o sindicato. A paralisação dos rodoviários deve afetar várias regiões operacionais do Distrito Federal, causando sérios inconvenientes para os passageiros.
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