A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença que afeta o sistema
nervoso central e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos
pacientes. Ela é mais comum em adultos jovens caucasianos, na faixa etária
entre 20 e 50 anos, e atinge principalmente mulheres, na proporção 2:1.
O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose
Múltipla, celebrado em 30 de agosto, foi criado para chamar a atenção da
população e dos profissionais de saúde sobre a doença, alertando sobre a
importância do diagnóstico precoce, dos tratamentos e mostrando que é possível
conviver com a EM.
A médica neurocirurgiã Ana Maria Moura explica que a
Esclerose Múltipla é caracterizada por uma inflamação crônica que danifica a
mielina, a camada protetora que envolve as fibras nervosas do cérebro e da
medula espinhal. A desmielinização interfere na transmissão dos impulsos
nervosos no corpo, gerando diversos sintomas, que variam amplamente de pessoa
para pessoa e podem mudar ao longo do tempo.
Dentre os sintomas mais comuns da EM estão a fadiga extrema,
dificuldade de locomoção, problemas de visão e comprometimento da coordenação.
Muitos deles podem ser confundidos com sintomas de outras doenças, o que pode
retardar o diagnóstico correto da EM e atrasar o início do tratamento.
As causas da esclerose múltipla ainda não são conhecidas,
mas acredita-se que possam estar relacionadas à predisposição genética e à
exposição a fatores, como deficiência de vitamina D, infecções virais (como o
vírus Epstein Barr) e obesidade na infância. A doença não tem cura, mas com o
tratamento correto para controlar a progressão da EM, o paciente pode ter uma
boa qualidade de vida.