O coordenador da Anhanguera diz que a empatia pode ser o termômetro para saber se um comentário pode impactar de forma negativa ou não
Mexerico ou o ‘fuxico’
são sinônimos do ato de fofocar. Esse hábito, característico em várias
culturas, consiste no ato de compartilhar uma informação privada de alguém, com
uma ou mais pessoas, pelo simples prazer de tornar público algo que deveria ser
particular. No entanto, ainda que visto como corriqueiro e inofensivo, a fofoca
mal-intencionada esclarece os impactos prejudiciais de indelicadezas sociais e
o comportamento relacionado ao amadurecimento do indivíduo, o que pode resultar
em prejuízos aos envolvidos, inclusive, de caráter psicológico.
Segundo o psicólogo Bruno Rodrigues Ferreira, coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, o termo não é abordado na área de estudo de forma direta, mas é percebido diversas vezes nas relações sociais, agravando o desempenho na vida social. “A maioria das fofocas é tóxica e desrespeitosa porque simplesmente não há autorização de quem é envolvido para passar a informação adiante. O próprio bullying físico e verbal, pode desenvolver um sério problema na vida social do indivíduo, ao surgir de uma fofoca e de rumores, e culminar no ato, por exemplo”, afirma o professor.
O especialista explica que existe diferença entre a fofoca maliciosa, quando há a intenção de causar desconforto ou dor no outro, e aquela em que não há malícia percebida, podendo ser considerada como um desabafo ou uma maneira de estreitar suas relações, sem intenção de machucar ninguém com isso. No entanto, alerta que, mesmo no segundo caso, é preciso cuidado para não ferir os envolvidos. “Muitas vezes as pessoas não veem problemas no que falam, mas também é preciso pensar em como o outro vai receber a informação e como ele vai reagir ao saber que algo sobre ele está sendo falado a respeito dele. Às vezes, uma informação que parece ser sem importância, pode resultar até mesmo num desconforto emocional e despertar transtornos psicológicos, como a ansiedade e a depressão”, dentre outros transtornos diz.
Ainda que a reação seja
aparentemente positiva, isso pode não corresponder ao sentimento real, ou seja,
não é porque a pessoa atingida riu, ou não esboçou estar com raiva, que ela não
foi afetada de fato. “Quando alguém sofre bullying, pode até dar uma
risadinha no momento do ato, ou dos comentários que surgem após isso, mas,
geralmente, essa atitude é uma tentativa esperançosa de que, assim, a situação
não se repita. Nem sempre o sorriso indica que está tudo bem”, explica.
O docente pontua sobre
como uma fofoca pode ser prejudicial em casos de depressão e de suicídio. “Pode
não ser óbvio para algumas pessoas, mas imagine um caso em que alguém tentou
cometer um atentado contra a própria vida, mas não o fez. Quando o indivíduo
retorna ao convívio social e se depara com os comentários sobre o fato, pode
sim ter um impacto negativo. O tititi feito, sem saber o contexto
histórico da pessoa, não ajuda em nada. Muito melhor do que a fofoca, é
praticar o acolhimento e a escuta sem julgamento”, orienta.
Por via das dúvidas,
para evitar um desconforto ou situação pior, ainda que sem intensão, o
professor indica a prática do senso de humanidade e a empatia. “Seja quando
falamos de bullying, depressão, ansiedade ou qualquer outro transtorno
psicológico que possa ser atravessado pela fofoca, de alguma forma, o mais
indicado é não pensarmos de forma individual, mas coletiva, podendo então nos
colocar no lugar do outro” finaliza.
Sobre a Anhanguera
Fundada em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais
de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível
com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação e
extensão, presenciais ou a distância.
Presente em todos os estados brasileiros, a Anhanguera
presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola na área de
Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem
os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa
e extensão, a Anhanguera oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a
preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de
projetos e ações sociais.
Em 2014, a instituição passou a integrar a Kroton. Acesse o
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Sobre a Kroton
A Kroton nasceu com a missão de transformar a vida das
pessoas por meio da educação, compartilhando o conhecimento que forma cidadãos
e gera oportunidades no mercado de trabalho. Parte da holding Cogna Educação,
uma companhia brasileira de capital aberto dentre as principais organizações
educacionais do mundo, a Kroton leva educação de qualidade a mais de 936
mil estudantes do ensino superior em todo o País. Presente em 1.672 municípios,
a instituição conta com 131 unidades próprias, sob as marcas Anhanguera,
Pitágoras, Unic, Uniderp, Unime e Unopar e é, há mais de 20 anos, pioneira no
ensino à distância no Brasil. A Kroton possui a maior operação de polos de EAD
no país, com 2.259 unidades, e oferece no ambiente digital 100% dos cursos
existentes na modalidade presencial. Com a transmissão de mais de 1.000 horas
de aulas a cada mês em ambientes virtuais, a Kroton trabalha para oferecer sempre
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