Segundo a FenaSaúde, os planos têm, atualmente, 48 milhões de beneficiários, o maior número desde setembro de 2016.
Segundo a FenaSaúde, os planos têm, atualmente, 48 milhões de beneficiários, o maior número desde setembro de 2016. O aumento foi maior nos planos coletivos empresariais, que cresceram 2,48%. A adesão dos idosos nesses planos foi ainda maior, com uma expansão de 3,8% depessoas com mais de 59 anos. Na faixa abaixo dessa idade, o aumento ficou em 2,36%.
Os planos individuais e familiares tiveram alta de 0,07% no número de novos beneficiários. Entre os idosos o índice ficou em 2,65%, contra uma queda de 0,9% com menos de 59 anos.
A advogada especialista em contratos de plano de saúde Denise Martins Costa explica que o motivo desse crescimento de novos clientes.
"O primeiro motivo do crescimento de novos usuários é a pandemia da Covid-19 que o Brasil está atravessando desde o ano passado. Em seguida, destacamos que os preços estão mais acessíveis. Isso não quer dizer que estão mais baratos. Mas estão mais acessíveis" pontua a especialista.
Crescimento no DF
Os estados em que houve o maior crescimento no número de clientes foram São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Só em abril, foram 150,6 mil usuários a mais na comparação com março.
No Distrito Federal o número também foi positivo: 19.158 usuários novos. Além dos aspectos levantados pela especialista em contratos de planode saúde, Denise Martins, para esse crescimento, a capital do país vai além.
"Novos planos e operadoras de plano de saúde entraram no mercado. Elas chegaram com preços menores se formos comparar com a concorrência", explica Denise.
Aumento da utilização
Durante a pandemia os planos também tiveram alta na utilização, tanto pelos pacientes com covid-19, como para outras necessidades.
De acordo com o levantamento, em março a ocupação de leitos em unidades de terapia intensiva de pacientes com o novo coronavírus ficou em 80%. O índice de uso de leitos para outras enfermidades registrou 73% no mês passado.
Reajustes
Os reajustes dos planos de saúde têm sido questionados pelo Procon de São Paulo, que entrou com uma ação civil pública para pedir explicações as operadoras. Segundo o órgão de defesa do consumidor, em janeiro foram registradas 962 reclamações sobre o assunto.
A FenaSaúde aponta não só os gastos elevados durante a pandemia, mas um aumento geral de custos de R$ 31 bilhões nos últimos três anos.