“Governo não é idiota de restringir direitos de trabalhadores”, diz Temer

Durante cerimônia nesta quarta-feira, presidente criticou divulgação de informações de que iria aumentar jornada diária de trabalho e “acabar com a saúde e a educação”

Temer disse que vai combater boatos na internet e pediu ajuda de deputados e senadores | Foto: Carolina Antunes
O presidente Michel Temer (PMDB) disse, nesta quarta-feira (14/9), durante cerimônia de liberação de investimentos da ordem de R$ 1 bilhão para a saúde, que nenhum governo é “idiota” de cortar direitos trabalhistas. Ele também reclamou da divulgação de informações incorretas na internet o que, argumenta, “cria problemas” para sua administração.

“Convenhamos, é muito desagradável imaginar que um governo seja tão, se me permite a expressão forte, tão estupidificado; tão idiota que chegue ao poder para restringir direitos de trabalhadores e acabar com a saúde e a educação”, disparou ele. “Isso vai pegando e passando de um para outro com o poder extraordinário das redes sociais”, lamentou.
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Temer afirmou ainda que vai atuar para combater boatos sobre seu governo na internet. Ele citou como exemplo a polêmica em torno da fala do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, de que o peemedebista estaria planejando uma reforma trabalhista que aumentasse a jornada de 8 para 12 horas diárias.

Com a repercussão, o Ministério do Trabalho precisou divulgar uma nota dizendo que nem a jornada diária nem a semanal sofreriam alterações. Temer explicou que o que houve foi uma reunião do ministro com alguns sindicatos que o questionaram sobre a situação de profissionais com jornadas de trabalho diferente, como o dos enfermeiros.

O intuito era, disse ele, tentar resolver estas questões. “O que ocorreu foi, em uma mera alocução discursiva, a ideia de, quem sabe, se o trabalhador quiser e por força de uma convenção coletiva, o trabalhador passe a trabalhar apenas 4 dias por semana. Portanto faz 12 horas por dia, já incluídas 4 horas extras, e folga 3 dias. Isso foi o que se conversou, mas não foi o que se divulgou.”

“É preciso combatê-los [os boatos], e eu vou combatê-los. Não vamos permitir que se faça de outra maneira. Não queremos o mal do país. Muito pelo contrário. Desde o começo todos sabem que eu proponho uma tese de pacificação e reunificação nacional”, disse Temer.

Além de garantir que vai combater falsas informações, Temer pediu que os parlamentares da Câmara e do Senado façam o mesmo: “Que os senhores deputados e senadores vão à tribuna e contestem aqueles que possam eventualmente vilipendiar os fatos; reduzi-los e apequená-los, simples e unicamente para dizer que o governo não está preocupado com saúde e educação”

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