Cristóvão Tormin (PSD)

Por que quer ser prefeito de Luziânia?
Fui vereador por dois mandatos, o mais votado da história de Luziânia, em 2000 e 2004, fui presidente da Câmara em 2006 e fui eleito em dois mandatos para deputado estadual. E que político não tem vontade de ser prefeito de sua cidade? Acumulo 12 anos de mandato no Legislativo, conheço bem a realidade do nosso município, me preparei para ser prefeito, e foi algo que aconteceu naturalmente. Na última eleição, quando eu pedia voto para deputado estadual, o pessoal dizia que queria votar para mim para prefeito. E eu falava tudo tem sua hora certa. E esse momento chegou. A cidade está precisando de uma sacudida, de uma mudança, de um novo norte em termos administrativos. 


Qual a principal área que precisa de ações na prefeitura? O que é a maior prioridade?
Nós daremos enfoque muito grande na área de saúde. O município tem mais de 200 mil habitantes, mais de 110 mil eleitores, tem atualmente um único hospital particular, temos um hospital regional feito à época do ex-governador Henrique Santillo, temos um hospital no distrito do Jardim Ingá, que é uma realidade atípica porque o bairro hoje tem 100 mil habitantes. Se fosse emancipada, entraria entre os 20 maiores municípios do Estado. E essa estrutura não atende a contento. A população de Luziânia quando precisa de atendimento precisa se deslocar a Brasília. Não temos atendimento nem em questões básicas. Outra questão que vai ser foco da nossa gestão, mesmo não sendo competência do município, é segurança pública. Faremos parcerias, já estive com o ministro da Justiça para tentar minimizar a questão da violência. O PT faz parte da nossa aliança, indicou o candidato a prefeito. Temos bons projetos nessa área, como a questão das câmeras de monitoramento que foram instaladas e não estavam funcionando. Depois de batermos muito no início da campanha, deram uns retoques, mas mesmo assim não funciona a contento. Pelo Pronasci, foi investido quase R$ 1 milhão e estava aí parado por mais de três anos. Vamos criar a Guarda Municipal, que será um braço de apoio às nossas polícias. Vamos criar o banco de horas, comprando as horas de folga dos nossos policiais militares que trabalham por escala, e às vezes nas horas de folga fazem até bicos, trabalhos por fora. Vamos focar principalmente nas áreas de saúde e segurança, mas a educação não está de boa qualidade, os nossos profissionais estão em greve. Nós não temos boas obras estruturantes. Vocês devem ter acompanhado as enchentes do Rio Vermelho. Isso é porque não temos galerias de águas pluviais no município. É feito o asfalto, de má qualidade, e não são feitas as galerias. Não é prioridade de alguns administradores as obras que ficam enterradas, mas elas são importantíssimas. Enfim, é uma sacudida geral. Quase tudo está bagunçado nessa administração.

O que é preciso fazer e o que o município tem condições de fazer na área da saúde?
Primeiro planejar. O orçamento do município é anual. Nos últimos anos, o que temos presenciado é o orçamento estourar em maio, junho. E não haver prioridade nessa área. Vamos planejar todas as ações. Primeiramente, colocando para funcionar o que já temos em termos de estrutura. Temos um Cais que está abandonado, está jogado, não funciona. Temos um hospital regional que para um injeçãozinha de Bezetacil, a pessoa tem de comprar e ir lá para ser aplicado. Não tem nada. Não funciona raio-x há dois anos porque o aparelho está quebrado. Nenhum tipo de atendimento está bem feito. E temos o hospital do Jardim Ingá, várias unidades do PSF e alguns postos de saúde, que infelizmente foram usados para colocar suplente de vereador para fazer política na saúde. Na nossa gestão, colocaremos pessoas da área para trabalhar na área. Queremos profissionais realmente comprometidos e da área para atuar na saúde pública. E buscaremos também parcerias. Estive com o ministro Alexandre Padilha. Vamos buscar recursos para aparelhamento, através de convênios. Vamos buscar através da Ride, com o governo do Distrito Federal também. À época do ex-prefeito Zequinha Roriz, que governou a cidade entre 89 e 92, havia convênio com o GDF, que também é responsável pela Ride. Temos amparo tanto do GDF como do governo federal para investimentos nas cidades do Entorno. Vamos buscar recursos até para ajudar no pagamento de funcionários. Precisamos contratar mais para juntar aos que já temos. Temos bons profissionais na rede municipal. Mas precisam de incentivo, de ferramentas para trabalhar. Eles não têm hoje nenhum tipo de estrutura. A saúde não é prioridade da atual gestão de oito anos.

O porcentual constitucional está sendo aplicado na saúde?
Se o prefeito não aplicar, ele incorre em crime de responsabilidade. Mas a prefeitura não utiliza totalmente os recursos, tanto é que estão com dificuldade em fechar a folha. Estão demitindo funcionários. Faltando quatro meses para terminar a gestão, semana passada já foram demitidos centenas de funcionários. Várias áreas essenciais de atendimento da administração pública hoje não funcionam porque os funcionários estão sendo demitidos. Os contratos que teriam vigência de um ano ficaram por 6 ou 8 meses porque não estão dando conta de fechar as contas porque não foi aplicado o porcentual mínimo estabelecido pela Constituição.

O sr. promete dar uma atenção especial para as crianças, com contratação de mais pediatras. De onde viriam esses profissionais, já que até na rede particular estão em falta, assim como em Brasília?
Nós buscaremos onde eles estiverem. Porque teremos um plano. Uma gestão quando tem planejamento e o profissional sabe que vai receber e que terá um contrato que será cumprido. Não falo de profissional vir de fora e ficar dois, três meses, e cancelar o contrato porque gastou dinheiro em outra área. Teremos planejamento para essa área e buscaremos aqui próximo, se possível - se não, em todo o País, -, bons profissionais, pagando bem e dando condições de trabalho. Nós vamos encontrar esses profissionais, pode ter certeza disso.

Esse tipo de dificuldades na saúde é comum em todas as prefeituras. Luziânia terá recursos suficientes para pagar bem os profissionais e oferecer uma boa estrutura?
Com certeza. Não vai ser de imediato. Temos consciência de como pegaremos a prefeitura. Porque está tudo arrebentado. Agora, com planejamento, com as parcerias que vamos buscar, com prioridade à área de saúde, nós conseguiremos trazer esses profissionais. Pode não ser de imediato, mas vou dar o tempo, até o primeiro semestre, vamos adequar e teremos bons profissionais, pode ter certeza. Nossas crianças serão atendidas no município.

Na área de segurança, o sr. falou em criar a Guarda Municipal. O sr. é favorável a que ela seja armada?
Olha, primeiramente, o uso de armas é prerrogativa das nossas polícias - Militar e Civil. Eu acho que a Guarda Municipal tem de ser preventiva, educativa, e um braço operacional. Para ajudar, para estar nos bairros, fazer as rondas, acionar as polícias. A princípio, eu sou contra ela ser armada.

Ainda nesta área, o pessoal da Força Nacional saiu das cidades do Entorno e foi para BRasília. O sr. acha que isso é um problema? E houve falta de articulação política para manter esse pessoal?
Um dos tópicos que abordamos com o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) foi esse, de continuar com a Força Nacional no nosso município. Mas há também um descontentamento dos nossos policiais militares, que foram desaquartelados. Saíram de seu quartel e estão improvisados em local alugado. Então eu entendo que tudo que vier para somar, nós iremos buscar. Se a Força Nacional estiver atuando a contento, se a comunidade estiver gostando da atuação, se for positivo para o município, buscaremos - com a força política que temos, com nossa ampla aliança, com apoio do governo federal, e também do governo estadual, eu sou deputado estadual - que esse convênio seja reativado.

Mas sobre a atuação até agora, que avaliação o sr. faz? É necessária e eficaz a presença deles ou não?
Eu entendo o seguinte: tudo que vier para somar, para combater a violência na região, é positivo. E a Força Nacional é um complemento. Se estiver atuando e atuando bem, vai nos ajudar e vamos buscar a permanência.

Desde que a Força começou a atuar aqui, não houve resultados. Ao contrário, os números de homicídios, roubos e assaltos batem recordes. O dinheiro que o governo federal gasta para manter a Força aqui, já que eles têm salários bem altos, bem acima da Polícia Militar, não poderia ser direcionado a um outro tipo de investimento, que poderia trazer mais resultados?
Já que você está falando que os índices aumentaram neste período que a Força Nacional esteve no município, é uma colocação sua, nós poderíamos muito bem buscar esses recursos, em convênio com o governo federal, e aplicar em melhores condições, com mais viaturas, mais armamento, complementar o salário dos nossos policiais, que trabalham muito e ficam ali no limite com o DF, que paga muito melhor. Eu volto a dizer, já tivemos parcerias do GDF com Luziânia e mais municípios do Entorno para essa área.

É preciso investir também na prevenção, com ações na área social para evitar o aumento da criminalidade. O que o sr. propõe?
São vários programas, como Peti, Sentinela, Segundo Tempo, todos do governo federal, que podem ser aplicados no município. Vamos buscar todas essas parcerias. Vamos buscar recursos para implantar escolas em tempo integral. Buscaremos parcerias na área de educação e social para evitar que nossas crianças e jovens cheguem à marginalidade. É muito importante essa colocação.

Assim como na área de saúde, para implantar escolas em tempo integral é preciso buscar bons profissionais e valorizá-los. Há recursos também para isso?
Quase um terço do orçamento do município por lei é aplicado na área de educação. E cada governo tem uma prioridade. O funcionalismo público no nosso governo de mudança e transformação da nossa cidade terá um amplo diálogo e respeito por parte do Poder Executivo, algo que não vem acontecendo na atualidade. Nossos educadores estão em greve justamente porque foi acordado uma reposição de 6%, dividido em três vezes, e não foi cumprido pelo Executivo. Resolveram através de assembleia pela paralisação. Só que eu não sou favorável às paralisações, uma vez que muitas pessoas, principalmente as nossas crianças vão perder com isso. Terá de haver reposição das aulas. Mas é um direito deles. Na nossa administração será tudo planejado. Tudo que for acertado com qualquer categoria será cumprido. Porque antes será calculado o impacto na folha. 

Sobre asfalto, qual sua proposta? É possível asfaltar todas as ruas?
Presenciamos nos últimos anos um asfalto de má qualidade, feito de qualquer jeito e nas primeiras chuvas, se deteriora. É lógico que todo procedimento para pavimentação asfáltica se inicia com processo licitatório. Vamos buscar antes disso, algo que muitos prefeitos não fazem e a atual gestão também não, que são as galerias de águas pluviais. Não temos galerias no município. E a pavimentação asfáltica feita na nossa gestão será de qualidade. Se é possível fazer em todas as ruas, isso depende de um amplo planejamento. Se conseguirmos recursos estaduais e federais, somados às economias do município, teremos um ousado projeto de pavimentação. Se Deus quiser, ao final de quatro anos, conseguiremos pavimentar as ruas. Mas primeiro terá de ser feito um estudo. Porque não serão apenas as novas vias, mas muitas outras que terão de ser refeitas ou recuperadas por conta da má qualidade.

O sr. pertence à base do governo na Assembleia Legislativa. E o PSDB, que é o partido do governador, acabou lançando um candidato e o sr. ficou com apoio de partidos da oposição em nível estadual. Como está sua relação com o governo estadual e como o sr. pretende estabelecer parcerias?
Primeiramente, governo não faz oposição a governo. Buscaremos todas as parcerias porque confiamos no espírito público do nosso governador, que sempre teve um carinho muito especial com Luziânia e todo o Entorno. Buscaremos, sim, parcerias administrativas com o governo de Goiás e com o governo federal, que tenho certeza que tem interesse em investir em nossa cidade. Temos uma ampla aliança de 19 partidos, vários partidos da base do governo, os deputados estaduais do PSDB, como o presidente da Assembleia, líder do governo, vieram e fizeram depoimentos apoiando o nosso projeto, porque sabem que é um projeto de mudança para a cidade e não individual do Cristóvão ou da coligação. É um projeto que contempla os anseios do município. Então não temos nenhuma dificuldade com o governo estadual nem mesmo o PSDB tendo candidato.

Como o sr. disse, são 19 partidos que o apoiam. Se eleito, como o sr. pretende administrar esse grande número de partidos, já que haverá cobranças por cargos?
Quando da composição da aliança, tivemos esse cuidado. Nós não barganhamos, coisa que acontece em quase todas as cidades. Não fizemos acordos com nenhum partido sobre representação no governo, uma vez que nos espelhamos nos erros cometidos. Tem gente que ganha eleição e o governo já está engessado, não pode nem escolher o secretariado. Todo o nosso secretariado será escolhido se vencermos as eleições. Não podemos engessar o governo nem escolher de véspera o secretariado. Teremos no dia 7 de outubro, quando sair o vencedor, até 1o de janeiro, que é a posse, para escolher os secretários.

Mas o sr. sabe, mesmo afirmando que não fez acordos, que terá de ceder espaços para participação de partidos aliados na prefeitura. Como serão os critérios para definição de auxiliares?
Com certeza. Mas o critério será pessoas certas para o lugar certo. As pessoas terão de ter o perfil. Não é uma mera indicação partidária que vai ser contemplada no nosso governo. A pessoa tem de ter perfil para alguma área. É lógico que nós acataremos algumas sugestões de partidos que contribuíram com nossa eleição, mas de forma aberta de buscar pessoas com perfil para cada área.

O sr. usou a expressão "está tudo arrebentado". Isso diz respeito a contas?
Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o prefeito tem de entregar as contas certinhas. Falo mais da estrutura do município. Por exemplo, nossa Secretaria de Desenvolvimento Urbanos tem dez patrolas - nove delas estão danificadas, quebradas, paradas, em um momento de seca, que é a época de melhorar as nossas estradas rurais. Porque quando vierem as chuvas, não tem como trabalhar. Na área de saúde, demitiram muitos funcionários. Temos postos funcionando precariamente, sem um mínimo de atendimento. Na educação, há greve. Os funcionários públicos estão desmotivados. Não temos estrutura que funcione a contento.

Como o sr. vai buscar incremento da arrecadação para aumentar investimentos e cumprir as promessas?
Nós buscaremos com criatividade, com planejamento - palavra importantíssima -, incrementar as receitas, sem que o contribuinte seja penalizado. E buscar as parcerias necessárias. Até hoje buscamos e não tivemos acesso a algumas informações. Se eleito, nós criaremos uma equipe de transição que irá cuidar desse processo nos meses que antecedem a posse. Aí sim nós teremos a real radiografia, a situação do nosso município, e teremos já as alternativas para incrementar a arrecadação.

O sr. repete que buscará parcerias nas áreas de saúde, segurança, asfalto. Não tem receio de ficar refém dessas parcerias dos governos do Estado e federal?
Sabemos, por exemplo, que por parte do governo estadual, há dificuldades de investimentos.
Nós não ficaremos reféns porque o município de Luziânia tem uma boa arrecadação. E a nossa administração será de planejamento. Iremos planejar todas as ações, ao contrário do que existe hoje. E eu tenho certeza de que ao final de quatro anos entregaremos uma administração bem melhor do que a que vamos receber em 1o de janeiro.

Na área de transporte, o que pretende fazer?
Vamos melhorar, abrindo todas as modalidades. Luziânia ainda não tem mototáxi, foi aprovado o projeto de lei, há um prazo para colocar em funcionamento. Precisamos melhorar o transporte. A reclamação principal é o deslocamento para o DF. Infelizmente não há investimento na atração de indústrias, geração de empregos na cidade, e a maioria tem de se deslocar a Brasília, que está muito próxima. Então a reclamação é com relação ao transporte interestadual, feita pela Viação Anapolina há décadas. Muitos já prometeram em campanha "votem em mim, que vou quebrar o monopólio da Anapolina". Esse monopólio não pode ser quebrado pelo prefeito. Isso é vinculado ao Ministério dos Transportes e à ANTT. Mas tenho certeza de que com a força política e apoio que temos e teremos após a eleição, nós conseguiremos que haja licitação para o interestadual e iremos fazer estudos para melhorar o transporte no município, principalmente do Jardim Ingá para Luziânia, uma vez que há essa reclamação generalizada. Teremos de colocar novas linhas para levar onde o povo está, que é nos bairros

Este ano entrou em vigor a Lei de Acesso à Informação e muito se tem falado na questão de transparência, especialmente no combate à corrupção. O que o sr. pretende fazer nessa área para garantir o acesso da população aos dados públicos?
As informações são públicas. E um governo que parte do princípio de mudanças, de grandes transformações da nossa cidade, tem que fazer diferença também nessa área. O acesso a todos será garantido. Teremos todas as ações. Criaremos uma área eficaz de comunicação que não existe hoje no governo e é importantíssimo ter numa cidade com mais de 200 mil habitantes. Vai atuar nessa área e passar todas as informações à imprensa e aos órgãos de forma geral. Também consta no nosso plano de governo implantar a intranet na prefeitura, onde todas as secretarias vão disponibilizar informações que serão filtradas e colocadas no portal da transparência.

Na área de saneamento, o que pretende fazer?
Já buscamos junto à Saneago toda a programação de obras em andamento relacionadas a água e esgoto. E já estivemos com o ministro das Cidades porque o Orçamento da União será votado após as eleições. Já temos viabilizados milhões de reais para essa área em Luziânia. E estamos aguardando ansiosamente o lançamento do PAC do Entorno, que vai contemplar essa área que é muito deficitária no município, principalmente a questão do esgoto. E queremos 100% de água tratada no município ao final da minha gestão. Isso depende muito do projeto de Corumbá, que está há anos em execução. Vou citar exemplo do município de Itumbiara, que conseguiu 100%. Por que Luziânia não vai conseguir?

Não sei como era a realidade de Itumbiara, mas aqui 60% das casas, segundo o IBGE, têm água tratada. Então a demanda é grande.
É. E Luziânia é uma cidade atípica, uma vez que não cresceu ordenadamente. Ela inchou com a vinda da capital federal. Com o relacionamento que tenho com o ministro das Cidades e com a Saneago, e com toda a experiência adquirida nos mandatos no Legislativo, vamos buscar pelo menos minimizar esse sofrimento, afinal água é um bem maior.

O sr. falou no PAC do Entorno, que ainda não foi anunciado. E a gente observa que ninguém assume a responsabilidade de investir ou de unir para resolver os problema do Entorno. O governo de Goiás pressiona o do DF, ambos cobram do governo federal e fica muito no discurso e pouco na prática, enquanto os municípios ficam esperando. Como é possível resolver isso?
Isso vai depender muito da força política. O DF conseguiu criar o fundo constitucional que hoje custeia áreas essenciais, como saúde, segurança e educação. Apresentei uma PEC criando o Fundo do Entorno, pelo Estado de Goiás, disponibilizando recursos para a região. Temos também uma PEC do deputado federal João Campos (PSDB) nesse sentido. E iremos buscar de todas as formas que a região seja valorizada, principalmente Luziânia.

Na área de habitação, qual é a proposta?
Temos um ambicioso projeto. Estive com o ministro das Cidades, também com o presidente da Agehab, e já estamos buscando todas as medidas necessárias. Nos últimos oito anos, não foi construída nenhuma moradia. Na nossa gestão, faremos milhares de casas populares, além de através do Cheque Reforma.

Em relação a obras públicas, o que é prioridade?
Primeiro temos de ver como vamos pegar a casa. No início da nossa administração vamos fazer um raio x de todas as áreas, com prioridade às essenciais. E iremos ter um plano emergencial para os primeiros meses, que devem contemplar as estradas, a área de saúde, entre outras.

Não é possível fazer esse diagnóstico agora? As informações não chegam à Câmara, por exemplo?
Agora não. As informações não vêm na totalidade. Temos dificuldades por sermos da oposição. Os dados para a Câmara chegam muitas vezes distorcidos. A atual administração não tem transparência. Se tivesse, teríamos essa facilidade neste momento.

Na primeira gestão o prefeito Célio Silveira tinha uma boa aprovação e agora caiu bastante, segundo a última pesquisa Serpes. A que atribui essa queda? Qual foi o erro da prefeitura?
Cada administração, cada administrador tem uma prioridade. Eu não participei da gestão. Entendo que pode ter sido um erro nas prioridades, na execução de um trabalho voltado aos anseios de quem realmente precisa do poder público.

O sr. falou muito de planejamento, também pretende criar a secretaria para esta área?
Nós vamos primeiro dar uma enxugada, ver quais secretarias são necessárias e outras não. Porque o momento será de dificuldade, eu tenho certeza. O início será difícil. Agora é preciso haver uma pasta para nortear as outras. Luziânia nunca teve uma Secretaria de Planejamento. Então ocorrem fatos absurdos como o orçamento que é anual expirar em junho. Isso não vai ocorrer na nossa administração

O sr. tem uma ampla vantagem nas pesquisas. Como viu o resultado da Serpes?
Só dá mais ânimo, mais vontade de continuar trabalhando, continuar com campanha limpa, propositiva, sem ataques aos adversários e sem levar nada para o lado pessoal. Temos responsabilidade com os eleitores de Luziânia. Nossas propostas estão sendo bem aceitas pela comunidade. 

Qual a proposta para o meio ambiente?
Goiânia tem qualidade de vida bem maior do que muitos municípios do interior porque foram implantados parques. Temos no nosso projeto a criação de pelo menos dois parques. E vamos cuidar da preservação das nascentes, trabalhar em parceria com as secretarias de Estado para dar mais orientação aos pequenos produtores com relação a reserva legal. Temos dois grandes lagos, Corumbá 3 e 4, que têm de ser preservados, mas também mais explorados na área turística. Temos Copa do Mundo, temos um bom estádio. Não falamos dessa questão do esporte. Vamos correr atrás do tempo perdido para ver se Luziânia pode ser pelo menos um local de treinamento, um local de base para alguma seleção.

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