Motorista alcoolizado, alta velocidade, superlotação e uso do veículo para serviço ao qual ele não era autorizado. Essas são algumas das razões para a capotagem que terminou na morte de duas adolescentes na noite de sábado
Uma sucessão de erros pode explicar o acidente que matou duas jovens e deixou pelo menos 34 feridos, na noite de sábado. Um letreiro no ônibus explicitava que a lotação máxima era de 38 passageiros. No entanto, 59 pessoas, segundo os organizadores da viagem, foram transportadas até Luziânia (GO). O destino deles era uma festa rave, realizada na Fazenda Enseada do Lago. Relatos dos jovens apontam que o motorista consumiu bebida alcóolica durante o trajeto para o município goiano e dirigia em alta velocidade. O ônibus tinha adesivo de identificação para fazer transporte escolar, mas prestava o trabalho de excursão, o que é proibido. Os passageiros sentados estavam sem cinto e outros permaneciam em pé.
Mesmo diante das evidências de irregularidades, as famílias das vítimas podem demorar a ter uma resposta sobre o caso. A ocorrência está registrada no Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS) de Luziânia, mas a greve da Polícia Civil goiana prejudica o andamento das investigações. Até ontem, os investigadores tinham condições de colher informações sobre o paradeiro do condutor foragido, mas não foram realizadas diligências para prendê-lo. “Temos elementos suficientes para identificá-lo, mas a apuração do caso só começará após o término da greve, que já tem cerca de 50 dias”, admitiu o delegado André Veloso.
Inicialmente, o caso foi qualificado como homicídio culposo, mas diante dos depoimentos pode ser alterado para doloso, quando há a intenção de matar. “Ouvimos algumas testemunhas que relatam ter visto o o condutor bebendo e dirigindo em alta velocidade”, completou Veloso. Com a placa em mãos, agentes do Ciops entraram em contato com o proprietário do ônibus, porém, descobriram que o veículo havia sido vendido em abril de 2012 e ainda não tinha a situação regularizada. “Vendi o ágil por R$ 18 mil. Ele até hoje não pagou nenhuma prestação e nem fez a transferência. Inclusive, o banco já o notificou para tomar o carro”, afirmou Paulo Sérgio dos Anjos Barcelos, antigo proprietário.
Ele refere-se a Eli Rodrigues Pereira. No Ciops, Paulo apresentou documentos que comprovam a transação. No entanto, ainda não é possível dizer se Eli era o condutor do ônibus no momento do acidente. Os passageiros relataram ter contratado o serviço em nome de um profissional chamado Elias, o mesmo escrito na lataria do veículo.“Os nomes são muito parecidos, mas ainda não podemos cravar se são a mesma pessoa”, disse o delegado.
Mesmo de greve, Veloso garantiu que a perícia no ônibus foi realizada. Na manhã de ontem, o ônibus ainda foi saqueado. Pessoas que passavam pelo local levaram mochilas, celulares, roupas, entre outros pertences. A polícia fotografou tudo para investigar os responsáveis pelos furtos. Por volta do meio dia, o veículo foi retirado do local do acidente e levado com auxílio de um guincho até uma oficina no Residencial Negreiros, no Novo Gama (GO).
As duas jovens que morreram no acidente foram identificadas pela polícia. Gleycianne Chaves Martis, de 17 anos, era moradora de Águas Claras. Ela foi arremessada com o impacto. Na sequência, o ônibus caiu sobre ela, que ficou presos às ferragens. A adolescente morreu no local. A outra menina morta é Letícia Augier de Figueiredo.
Mesmo diante das evidências de irregularidades, as famílias das vítimas podem demorar a ter uma resposta sobre o caso. A ocorrência está registrada no Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS) de Luziânia, mas a greve da Polícia Civil goiana prejudica o andamento das investigações. Até ontem, os investigadores tinham condições de colher informações sobre o paradeiro do condutor foragido, mas não foram realizadas diligências para prendê-lo. “Temos elementos suficientes para identificá-lo, mas a apuração do caso só começará após o término da greve, que já tem cerca de 50 dias”, admitiu o delegado André Veloso.
Inicialmente, o caso foi qualificado como homicídio culposo, mas diante dos depoimentos pode ser alterado para doloso, quando há a intenção de matar. “Ouvimos algumas testemunhas que relatam ter visto o o condutor bebendo e dirigindo em alta velocidade”, completou Veloso. Com a placa em mãos, agentes do Ciops entraram em contato com o proprietário do ônibus, porém, descobriram que o veículo havia sido vendido em abril de 2012 e ainda não tinha a situação regularizada. “Vendi o ágil por R$ 18 mil. Ele até hoje não pagou nenhuma prestação e nem fez a transferência. Inclusive, o banco já o notificou para tomar o carro”, afirmou Paulo Sérgio dos Anjos Barcelos, antigo proprietário.
Ele refere-se a Eli Rodrigues Pereira. No Ciops, Paulo apresentou documentos que comprovam a transação. No entanto, ainda não é possível dizer se Eli era o condutor do ônibus no momento do acidente. Os passageiros relataram ter contratado o serviço em nome de um profissional chamado Elias, o mesmo escrito na lataria do veículo.“Os nomes são muito parecidos, mas ainda não podemos cravar se são a mesma pessoa”, disse o delegado.
Mesmo de greve, Veloso garantiu que a perícia no ônibus foi realizada. Na manhã de ontem, o ônibus ainda foi saqueado. Pessoas que passavam pelo local levaram mochilas, celulares, roupas, entre outros pertences. A polícia fotografou tudo para investigar os responsáveis pelos furtos. Por volta do meio dia, o veículo foi retirado do local do acidente e levado com auxílio de um guincho até uma oficina no Residencial Negreiros, no Novo Gama (GO).
As duas jovens que morreram no acidente foram identificadas pela polícia. Gleycianne Chaves Martis, de 17 anos, era moradora de Águas Claras. Ela foi arremessada com o impacto. Na sequência, o ônibus caiu sobre ela, que ficou presos às ferragens. A adolescente morreu no local. A outra menina morta é Letícia Augier de Figueiredo.
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